O calendário juliano foi uma forma de adaptar a contagem do tempo à translação da Terra
Parece um detalhe, mas a inclusão do ano bissexto (29 de fevereiro) ao calendário juliano no ano de 46 depois de Cristo, quando Júlio César era o imperador romano, foi uma forma de adaptar a contagem do tempo à translação da Terra. Como ela leva 365 dias, cinco horas, 48 minutos e 36 segundos para dar uma volta completa ao redor do Sol, a saída encontrada à época foi acrescentar um dia no calendário a cada quatro anos para evitar uma distorção, que se agravaria com os séculos. Antes disso, os romanos usavam um calendário em que o ano tinha 355 dias, baseado nos ciclos da Lua.
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Depois, o Papa Gregório 13 fez atualizações e o aprimorou o calendário juliano no final do século 16. Desde então, a maior parte dos países acabou adotando o chamado calendário gregoriano, em vigor até hoje.
Mas afinal, o que aconteceria se não houvesse o ano bissexto? Se não fosse incluído o dia 29 de fevereiro a cada quatro anos, basta fazer uma conta simples: a cada 40 anos, seriam 10 dias a menos. A cada 400 anos, 100 dias. Desde 46 depois de Cristo até agora, seriam quase 500 dias a menos. Segundo o site Tecmundo, isso provocaria uma confusão nas estações do ano. Aqui no Hemisfério Sul, o verão, aos poucos, não seria mais de dezembro a março, mas poderia cair em junho a setembro, ou de maio a agosto. Essas estações do ano sem períodos determinados poderiam dificultar a vida de agricultores e muitas pessoas. No Hemisfério Norte, chegaria um momento em que o Natal não seria mais no auge do inverno e o festejo poderia ocorrer sem neve. O "lado bom" seria que, com o passar do séculos, nós, do Hemisfério Sul, poderíamos ter o dia 25 de dezembro (Natal) na período mais frio do ano. Já a neve no Natal, não teria como garantir, porque ela é rara por aqui.